Por norma, são casos pontuais, em minoria, e daí à generalização é um passo muito pequeno. Mas, quando comparados com outros assuntos que nascem, crescem e se desenvolvem “às escuras”, chamam-lhes de opções honestas, “tomadas sempre a tempo” e que trazem maior valor a quem as toma, e a quem as presencia.
Quando a política não agrada, fala-se e condena-se. Mas, quando nos dão a autoridade possível de lhe pertencer, modificar ou valorizar…
Fala-se de corrupção, associando-lhes os gordos e grandes. Mas a que fazemos, ou aceitamos nos façam, não lembra! Os números são de somenos, dizemos sempre!
Fala-se da mulher, esquecendo de lhe colocar um dos mais bonitos qualificativos, que é o de ser mãe.
Fala-se de família (genericamente, claro), esquecendo-se dos que temos em casa. Estes, porque estão perto e aos quais podemos valer, são convenientemente esquecidos.
Fala-se da Igreja, melhor, de quem a representa, porque ela ultrapassa os homens, mulheres e estruturas que lhe dão rosto, quando há polémica no ar.
O bem, o valor, o bonito que ela acrescenta ao mundo, desde há séculos, como não vende tão bem como o fracasso, raramente pode sair à luz do dia. E, como em tempos de crise, é preciso equilibrar a balança (muitas vezes só para um lado, e nem sempre para o que mais precisa), há que vender…., pelo preço que for! Caso contrário, o recurso aos fundos do estado (bem fundos para alguns) deixam o estado sem fundos.
Esta semana, em qualquer beco e esquina, as conversas e letras, diziam o mesmo: “Olha, já ouvistes aquela do padre que fugiu com uma jovem, e deixou de ser padre?”
Foi neste, mas é em qualquer dos assuntos supra referidos. Logo se perfilam especialistas (são-no em qualquer matéria, e os mesmos de sempre), dispostos a fazer render e, possivelmente, vender o seu peixe. E julgam que por falar mais alto, com a voz colocada, ou com mais audiência, as suas teorias e opiniões, devem ser norma geral a seguir.
Quase todos falam do que não conhecem; do que, diariamente, lhes passa ao lado; e, para cúmulo da inocência (os inocentes salvam-se, ouvi dizer!) e ignorância, rotulam estes casos como paradigmáticos das necessárias mudanças a fazer, como se estas lhes interessassem…
“Sim, já sabia! Mas não é o primeiro, e não será o último caso!”
Se todos esses especialistas, mais que dar opiniões julgando, procurassem fundamento para o que dizem; se, mais do que entretenimento, aplicassem o seu saber ao que deveria vir primeiro; se pusessem a mão no peito (no seu, não no do vizinho!), veriam que os que permanecem, raramente o fazem pelo empenho que a sua “especialização” lhes dedica.
Ficam e permanecem, porque reconhecem a origem divina da Igreja e, apesar de nos tentarem convencer que está mau, e é para durar, teimosamente continuam a olhar para a meta, igualmente divina da mesma Igreja. No entretanto, e dentro dos limites próprios de “instrumentos humanos” de algo maior que eles, tentam trazer à história, ao mundo, a certeza de que algo melhor é possível.
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