segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Padrinhos de "Páscoa(s) e de rosca"!
Um dos grandes motivos de sofrimento, e uma das causas de "maus tratos" (verbais, psicológicos, e físicos: concretizados ou tentados) a muitos padres, é o problema dos padrinhos de Baptismo.
É verdade que, vivemos num mundo onde muitos confundem liberdade e libertinagem, o agir com responsabilidade, com o fazer o que me apetece, sem olhar se posso, se passo por cima dos outros, ou se tenho capacidade para tal. É fácil imaginar a desordem e o perigo que seria se, em algo tão simples como circular na via pública, cada um lhe desse para fazer o que lhe apetece! Já com as leis é o que se vê, quanto mais se cada um, valendo-se da ideia errada e subjectiva de liberdade, ou de que está correcto porque "todos fazem", se apresentasse como lei para os outros. Pode ser de outra forma!
Algumas pessoas vivem como querem, fazem o que entendem, trazendo essa forma de viciada de viver para a Igreja. Acham-se com todos os direitos e mais alguns, mas com poucos ou nenhuns deveres. Passa-se com os padrinhos de Baptismo, e outros episódios na vida da Igreja. Apesar de saberem as leis, porque os padres as explicam, e se não o fazem, deveriam fazê-lo, não se acham diferentes, e querem, porque querem, ser padrinhos.
Não pode ser assim! Pelas leis da Igreja, as crianças ou jovens imaturos, os casais que estão juntos nas chamadas "uniões de facto" (sem qualquer compromisso na vida, ou de compromisso a prazo), as pessoas que estão casadas apenas pelo civil (sem reconhecerem o valor do Matrimónio), as que romperam o seu matrimónio religioso, se divorciaram pelo civil e estão juntas, ou se voltaram a casar, pelo registo civil, com outra pessoa diferente do seu primeiro cônjuge, e todas as que não têm uma vida de acordo com a função/ministério que vão desempenhar, não podem ser aceites, por nenhum sacerdote, como padrinhos de Baptismo.
Infelizmente há quem (freelancers), achando-se donos e não servidores, da Igreja de Jesus Cristo, dentro da mesma zona pastoral, vigararia, arciprestado, diocese ou país, em nome da pastoral feita de cedências e oportunismos, para não perder adeptos e clientela, passa por cima de todas as orientações. Quem assim procede, ofende e desorienta os fiéis; fere a unidade do Corpo de Cristo - a Igreja; manifestando falta de comunhão e de respeito para com os companheiros no Sacerdócio.. Uns são filhos da mãe/pai, outros... Devem ser acusados da sua leviandade e pelo seu "porreirismo". Eu não me abstenho de o fazer.
O Baptismo marca o início de uma caminhada de vida cristã, uma entrada na comunidade de Jesus, um renascimento espiritual da criança como Filho de Deus, e um compromisso de vida nova em Cristo, segundo os valores e os critérios do Evangelho.
Ora, tal facto traz consigo duas exigências sérias e sagradas: que os pais da criança dêem garantias seguras, à Igreja que os acolhe, de que vão educar na vida cristã a criança que se baptiza, e que os padrinhos assumam o compromisso de testemunhar a Fé e dar exemplo da vida em Cristo ao seu afilhado e que, no caso dos pais falharem ao seu compromisso, de o educar cristãmente.
Como é fácil de ver, nem todas as pessoas estão em condições de fazer isto, mormente aquelas cuja vida cristã não serve de exemplo na vida cristã para os que são baptizados.
Muitos pais, pedem o Baptismo para os filhos, e vivem como se não fossem cristãos:não vão à Igreja nem recebem os sacramentos, estão sempre contra a Igreja a que pertencem, e até chegam a ridicularizar os que frequentam a Igreja e os Sacramentos. Ora, o que não serve para eles, também não deveria servir para os filhos. Para que vão por os filhos num caminho que eles próprios rejeitam e não respeitam?
Outros não dão verdadeira garantia de educar os filhos na vida cristã: e outros, até estão a viver em oposição e desobediência às Leis de Deus e da Santa Igreja.
Muitos padrinhos, que até são aceites por estarem de acordo com as leis da Igreja, também não deveriam sê-lo. Entre eles, os católicos não praticantes. Como pode dar testemunho de vida crsitã à criança que é baptizada um padrinho ou uma madrinha que não faz caso de cumprir os preceitos da Igreja que são indispensáveis para alguém viver como cristão, nomeadamente a Missa de cada Domingo, a Reconciliação e a Comunhão, pelo menos na Páscoa da Ressurreição?
Pessoalmente, esse tipo de "padrinhos", são fortes no que não deviam ser: na teimosia e na mentira. A sua falta de honestidade, e dos pais que lhes pedem, junto com o peso de certas tradições, levam-nos a prometer, diante de Deus e da comunidade, mesmo sem qualquer intenção de cumprir. Pessoas sem carácter, e de Palavra débil (tipo catavento). Se fossem verdadeiros, seriam eles a recusar o convite em primeiro lugar.
Haja mais seriedade na escolha dos padrinhos, e maior responsabilidade e verdade na aceitação do convite. Se é para não fazer desfeita, escolham outras situações. Deixem de ser cobardes, de brincar com coisas sérias, e assumam que, num mundo onde todos promovem e procuram a qualidade, se eu só posso dar 50, não me deveriam pedir 100. Vale mais um bom amigo, tio, primo... do que um padrinho de "Páscoa(s) e da rosca".
A par com outras situações, isto explica que 90% dos Portugueses se digam católicos, e apenas uns 15% o sejam com maior verdade. Não chega ser maioria sociológica. De certo precisamos de regressar a uma minoria... mais consciente: a do "fermento".
Como em muitas famílias, há filhos mal comportados, ingratos, irresponsáveis... Mas, a verdade, é que devem tê-lo aprendido a ser em qualquer lado, com alguém! Aqui, em Igreja, também os temos: mal comportados, desresponsabilizados, desinteressados da honestidade, pelo bem e felicidade dos outros.
Deus queria, e quer, que todos sejam santos. Mas não podemos ser inocentes ao ponto de pensar que todos o sejam. Seria de esperar, pelo menos, que fossemos mais sérios.
O Papa, Bento XVI, disse-o com verdade: "o maior perigo/inimigo da Igreja, está dentro de portas, já entrou!", e corre o risco de se instalar, se acharmos que "tá tudo!"
(a partir de JL Duarte, Jornal de Lamego, 13.07.2010)
É verdade que, vivemos num mundo onde muitos confundem liberdade e libertinagem, o agir com responsabilidade, com o fazer o que me apetece, sem olhar se posso, se passo por cima dos outros, ou se tenho capacidade para tal. É fácil imaginar a desordem e o perigo que seria se, em algo tão simples como circular na via pública, cada um lhe desse para fazer o que lhe apetece! Já com as leis é o que se vê, quanto mais se cada um, valendo-se da ideia errada e subjectiva de liberdade, ou de que está correcto porque "todos fazem", se apresentasse como lei para os outros. Pode ser de outra forma!
Algumas pessoas vivem como querem, fazem o que entendem, trazendo essa forma de viciada de viver para a Igreja. Acham-se com todos os direitos e mais alguns, mas com poucos ou nenhuns deveres. Passa-se com os padrinhos de Baptismo, e outros episódios na vida da Igreja. Apesar de saberem as leis, porque os padres as explicam, e se não o fazem, deveriam fazê-lo, não se acham diferentes, e querem, porque querem, ser padrinhos.
Não pode ser assim! Pelas leis da Igreja, as crianças ou jovens imaturos, os casais que estão juntos nas chamadas "uniões de facto" (sem qualquer compromisso na vida, ou de compromisso a prazo), as pessoas que estão casadas apenas pelo civil (sem reconhecerem o valor do Matrimónio), as que romperam o seu matrimónio religioso, se divorciaram pelo civil e estão juntas, ou se voltaram a casar, pelo registo civil, com outra pessoa diferente do seu primeiro cônjuge, e todas as que não têm uma vida de acordo com a função/ministério que vão desempenhar, não podem ser aceites, por nenhum sacerdote, como padrinhos de Baptismo.
Infelizmente há quem (freelancers), achando-se donos e não servidores, da Igreja de Jesus Cristo, dentro da mesma zona pastoral, vigararia, arciprestado, diocese ou país, em nome da pastoral feita de cedências e oportunismos, para não perder adeptos e clientela, passa por cima de todas as orientações. Quem assim procede, ofende e desorienta os fiéis; fere a unidade do Corpo de Cristo - a Igreja; manifestando falta de comunhão e de respeito para com os companheiros no Sacerdócio.. Uns são filhos da mãe/pai, outros... Devem ser acusados da sua leviandade e pelo seu "porreirismo". Eu não me abstenho de o fazer.
O Baptismo marca o início de uma caminhada de vida cristã, uma entrada na comunidade de Jesus, um renascimento espiritual da criança como Filho de Deus, e um compromisso de vida nova em Cristo, segundo os valores e os critérios do Evangelho.
Ora, tal facto traz consigo duas exigências sérias e sagradas: que os pais da criança dêem garantias seguras, à Igreja que os acolhe, de que vão educar na vida cristã a criança que se baptiza, e que os padrinhos assumam o compromisso de testemunhar a Fé e dar exemplo da vida em Cristo ao seu afilhado e que, no caso dos pais falharem ao seu compromisso, de o educar cristãmente.
Como é fácil de ver, nem todas as pessoas estão em condições de fazer isto, mormente aquelas cuja vida cristã não serve de exemplo na vida cristã para os que são baptizados.
Muitos pais, pedem o Baptismo para os filhos, e vivem como se não fossem cristãos:não vão à Igreja nem recebem os sacramentos, estão sempre contra a Igreja a que pertencem, e até chegam a ridicularizar os que frequentam a Igreja e os Sacramentos. Ora, o que não serve para eles, também não deveria servir para os filhos. Para que vão por os filhos num caminho que eles próprios rejeitam e não respeitam?
Outros não dão verdadeira garantia de educar os filhos na vida cristã: e outros, até estão a viver em oposição e desobediência às Leis de Deus e da Santa Igreja.
Muitos padrinhos, que até são aceites por estarem de acordo com as leis da Igreja, também não deveriam sê-lo. Entre eles, os católicos não praticantes. Como pode dar testemunho de vida crsitã à criança que é baptizada um padrinho ou uma madrinha que não faz caso de cumprir os preceitos da Igreja que são indispensáveis para alguém viver como cristão, nomeadamente a Missa de cada Domingo, a Reconciliação e a Comunhão, pelo menos na Páscoa da Ressurreição?
Pessoalmente, esse tipo de "padrinhos", são fortes no que não deviam ser: na teimosia e na mentira. A sua falta de honestidade, e dos pais que lhes pedem, junto com o peso de certas tradições, levam-nos a prometer, diante de Deus e da comunidade, mesmo sem qualquer intenção de cumprir. Pessoas sem carácter, e de Palavra débil (tipo catavento). Se fossem verdadeiros, seriam eles a recusar o convite em primeiro lugar.
Haja mais seriedade na escolha dos padrinhos, e maior responsabilidade e verdade na aceitação do convite. Se é para não fazer desfeita, escolham outras situações. Deixem de ser cobardes, de brincar com coisas sérias, e assumam que, num mundo onde todos promovem e procuram a qualidade, se eu só posso dar 50, não me deveriam pedir 100. Vale mais um bom amigo, tio, primo... do que um padrinho de "Páscoa(s) e da rosca".
A par com outras situações, isto explica que 90% dos Portugueses se digam católicos, e apenas uns 15% o sejam com maior verdade. Não chega ser maioria sociológica. De certo precisamos de regressar a uma minoria... mais consciente: a do "fermento".
Como em muitas famílias, há filhos mal comportados, ingratos, irresponsáveis... Mas, a verdade, é que devem tê-lo aprendido a ser em qualquer lado, com alguém! Aqui, em Igreja, também os temos: mal comportados, desresponsabilizados, desinteressados da honestidade, pelo bem e felicidade dos outros.
Deus queria, e quer, que todos sejam santos. Mas não podemos ser inocentes ao ponto de pensar que todos o sejam. Seria de esperar, pelo menos, que fossemos mais sérios.
O Papa, Bento XVI, disse-o com verdade: "o maior perigo/inimigo da Igreja, está dentro de portas, já entrou!", e corre o risco de se instalar, se acharmos que "tá tudo!"
(a partir de JL Duarte, Jornal de Lamego, 13.07.2010)
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